quarta-feira, 30 de abril de 2014


ROSANGELLA LEOTE

Rosangella Leote é artista pesquisadora multimídia. Doutora em Ciências da Comunicação pela USP, Mestre em Artes pela UNICAMP, Bacharel em Artes pela UFRGS. Atua em performances individuais e coletivas desde 1986. Realiza vídeos desde 1991. É membro do grupo SCIArtes-Equipe Interdisciplinar (Prêmio Sergio Motta 2000 e 2005) desde a sua origem. É docente da UNESP e bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq “Grupo Internacional e Interinstitucional de Pesquisa em Convergências entre Arte Ciência e Tecnologia”. Está adequada a linha de pesquisa “Processos e procedimentos artísticos” do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da UNESP. Visa, por metodologia onde se observe convergências das três áreas que intitulam o projeto, levando em conta os aportes dessas áreas distintas ao modo multidisciplinar.
A artista desenvolve a sua pesquisa de mestrado tendo como base um trabalho teórico-prático. Desenvolve um discurso pictórico e conceitual onde, fotografia, desenho e instalação, são três linguagens complementares para o entendimento da obra artística. Para si o processo de criação é parte integral da obra. É nesse sentido que, com regularidade, nas suas exposições, a artista nos apresenta referências, fragmentos do seu pensamento, pertencentes ao processo de criação, não existindo assim uma separação entre processo e obra acabada, o que faz com que os seus trabalhos possuam semelhanças com o conceito e com a estrutura de um arquivo, onde diversos elementos sobre um dado assunto podem ser a qualquer momento adicionados ou consultados.
Desenvolve os seus trabalhos nas áreas de desenho, fotografia e instalação e vídeo, linguagens com as quais aborda a sua circunstância geográfica, cultural e social enquanto viajante, estrangeira e pesquisadora, num país e outro. Debatendo-se com os conceitos de autoria e aura da obra de arte, tem desenvolvido trabalhos co-autorais e contado com a participação de alguns colaboradores na construção das suas taxionomias e arquivos digitais.



Softshirt, de 2010, é uma obra tecnoperformance onde uma camiseta com tela LCD é usada pela performer de modo a propiciar alteração, em tempo real, da imagem em vídeo das pessoas abordadas. As Imagens captadas são captadas resignificadas pela interferência digital. Em tempo de direito de uso de imagem, a Softshirt passa pelos visitantes do evento, sequestrando suas imagens e questionando, entre outras coisas: Como fica a auto imagem e de quem é a imagem alterada?

Por: Muriel Pereira



“O uso da tecnologia ultrapassa os limites da interação entre usuários nas redes sociais. Ela cria maneiras de pensar, de fazer arte, de aguçar a criatividade e de desenvolver mobilizações e discussões sobre assuntos diversos.”
Marcelo Tas

    Marcelo Tristão Athayde de Souza , nascido em  10 de Novembro de 1959 na cidade de Ituverava, interior de São Paulo. Considerado uma criança às avessas pelos seus pais , sempre aprontava todas as peripécias possíveis em sua cidade natal.
     Tas desde cedo foi apaixonado por televisão e nunca hesitou em ousar. Ousadia esta que lhe deu bons frutos como a carreira admirada por colegas e fãs.
    Sua infância foi como de qualquer criança, nada fora do normal a não ser as coisas que aprontava, mas sua adolescência teve lá suas particularidades com destaque para  piano clássico, zona rural e Fórmula 1 .Até hoje ele é um apaixonado por serenatas na madrugada.
    Na década de 70, Marcelo Tas resolveu sair da pequena cidade que nasceu e se aventurar encarando três anos de vida militar na EPCAR (Escola Preparatória de Cadetes da Aeronáutica), foi aí que ele conheceu o Brasil pelas asas da FAB. Mas ao perceber que não tinha vocação para o ramo de cadete, resolveu fazer engenharia civil, curso que ele chegou a concluir .
    Da mesma maneira que o Super-homem tem Clark Kent , Marcelo Tas  tem como seu alter ego  o também repórter Ernesto Varela. Este nasceu em 1983 em uma brincadeira de homem do tempo na produtora Cérebro Eletrônico, para disfarçar sua timidez frente as câmeras . O personagem cara de pau de óculos de armação vermelha foi aperfeiçoado em conjunto com o cineasta  Fernando Meirelles que logo se tornou o câmera Valdeci, câmera oficial do repórter Varela.
    Com uma pitada de jornalismo e humor irônico Varela e Valdeci  conquistaram a atenção nacional, entrevistaram de políticos e personalidades da época com perguntas nada  ingênuas e sempre com uma pitada de ironia. Tornou-se então um repórter “Cult” sem papas na língua, certo dia após levar um bolo para cantar parabéns a Paulo Maluf emendou ao parabéns a pergunta: É verdade que o senhor é ladrão?
     De repórter fictício foi se aventurar no mundo infantil com dois personagens que muitos lembram até hoje, Professor Tiburcio e Telekid com seu porque sim não é resposta, que aparecia sempre que Zequinha começava com suas infinidades de ‘porquês’.
    Mas a paixão por tecnologia, inovação e interatividade lhe chamaria. Em 2004,   Marcelo Tas criaria o Blog do Tas, primeiramente hospedado no UOL e que atualmente está no terra. Mas não tão satisfeito com apenas o Blog do Tas como forma de expressar sua opinião, Tas resolveu se aventurar no twitter, lugar que encontrou não apenas a liberdade, mas também uma forma de interagir com seus mais de 1 milhão de seguidores.
    Atualmente, Marcelo Tas é âncora do humorístico/jornalístico CQC exibido na Band e do Plantão do Tas ( programa direcionado ao publico infantil) ao lado de Gabriela Mustafá e Marcos Oliveira, no Cartoon Network, dividindo seu tempo com palestras pelo país para empresas e instituições, falando como as mídias sociais tem influencia sobre nós.
    Sobre a internet Tas afirma que ela é um nó dramático em nossa história, dizendo que  o rádio, a tevê, o jornal e o cinema foram cortes lineares.E que a internet  é um corte não linear que afeta a cadeia. Antes a tevê afetava um pouco o cinema  e em seguida os dois passavam a conviver novamente. Mas a internet é um corte  que afeta da indústria de pasta de dente à produção de livros , da tevê a indústria fonográfica tudo ao mesmo tempo.
    Por outro lado a escola tem que estar atenta a internet , pois o aluno chega a sala de aula com vários provedores de informação e afirma, eu tinha apenas um professor , hoje na internet tem milhões. Sendo assim, é essencial que o aluno desenvolva habilidades como discernir, filtrar as informações a qual tem acesso e o papel do professor de hoje é auxiliá-lo nesse processo.  






        Marcelo Tas foi covidado para testar o Google Glass e durante o teste disparou :   
       "É sensacional, mas eu não vejo a hora de tirar da minha frente"








   Não que o apresentador Marcelo Tas não tenha gostado de usar o Google Glass, mas a primeira impressão foi de ter mais um dos tantos eletrônicos que já tem para ser gerenciado. 
   Tas, que fez fotos, gravou vídeos, navegou por redes sociais, pesquisou na internet e realizou chamadas telefônicas com o aparelho, brincou com os profissionais de imagem que participaram do teste. "Vocês (fotógrafo e cinegrafistas) não se sentem ameaçados agora?".

   O Glass, que pode ser ativado com comandos de voz, mas só reconhece palavras em inglês, ainda não está adaptado para usuários que precisam de óculos normais de grau - como é o caso do apresentador. "É um inferno!", brincou Tas. Assista ao teste no vídeo:



Fonte: www.marcelotas.com.br
Postado por: Renata Sanches

domingo, 27 de abril de 2014

Fábio Oliveira Nunes (Fábio FON)




Fabio Oliveira Nunes conhecido como Fábio FON é artista multimídia, designer digital e professor universitário, atuando entre outras áreas, nos estudos de hipermídia, web arte, arte mídia e poéticas da visualidade. Um dos seus estudos mais importantes é WEB ARTE NO BRASIL, realizado a partir de 1999 e atualmente dedica-se à pesquisa da arte tecnológica crítica. É Doutor em Artes na Escola de Comunicações e Artes da USP, Mestre em Multimeios (Multimídia) na UNICAMP e Bacharel em Artes Plásticas na UNESP .


Fabio FON ingressa no campo da arte como cartunista colaborando com jornais regionais. Em 1997 ingressa no curso de Bacharelado em Artes Plásticas da UNESP, quando se interessa pela pesquisa da utilização dos novos meios na arte. Com bolsa de iniciação científica da FAPESP, sob orientação do prof. Milton Sogabe, inicia a pesquisa sobre a “Web Arte no Brasil: A arte criada por artistas brasileiros para a Internet”. Durante a graduação, em 1999 ganhou o 3º lugar no FILE (Festival Internacional de Linguagem Eletrônica) com a obra “ONO-ON Operating System”.

Em 2003, passa a fazer parte do grupo Poéticas Digitais da Escola de Comunicações e Artes da USP. Neste ano, produz oArtéria 8, em co-organização com o poeta Omar Khouri, web site de poesia digital, com a participação de cerca de quarenta artistas e poetas de diversos meios.

Imagem de "Duvida à Couchot", de 2003, integrante de Artéria 8.



Em 2010  o trabalho Captas (realizado com Soraya Braz) é apresentado na Mostra SESC de Artes - São Paulo. Antes disso, Captas foi também apresentado no Mobilefest, no MIS-SP, e também em outras exposições de arte e tecnologia em Brasília, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.



 Ainda em 2010, Fabio FON lança o projeto interinstitucional 10 Dimensões: Diálogos em Rede, Corpo, Arte e Tecnologia (UFRN-UFPB-IFRN-FAPERN), sob sua coordenação. Em dez diferentes encontros mensais, o projeto apresentou discussões e trabalhos em arte, ciência e tecnologia com a presença de pesquisadores de diferentes regiões do país, em Natal (RN) e João Pessoa (PB).

 Em 2013, conforme Resolução SE 52, publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo em 15 de agosto, o livro é indicado como um dos referenciais bibliográficos para professores de artes do ensino público estadual de São Paulo, entre outros títulos que que "fundamentam e orientam a organização de exames, concursos e processos seletivos" para educadores de todo o estado.


Percebemos que as obras de Fabio FON esta muito ligada com questões do nosso cotidiano. A busca por transformar isso em arte faz ele percorrer um caminho que nos instiga a entender e estudar mais. Sua tese de doutorado é considerada fonte de pesquisa  por mestres e foi reconhecida e publicada no Diário Oficial como fonte bibliográfica a ser indicada. Atualmente como mestre na Universidade no Estado do Rio Grande do Norte, ele instiga seus alunos a refletir sobre a criação no universo da web arte, e não só isso mas como transformar em poesia visual.


OBRAS

- PRODUÇÃO ARTÍSTICA

  • Via Invisível
  • Captas
  • Grampo
  • Roaming
  • Revolátil
  • Delay n.2 ou Retardo n.2
  • Freakpedia
  • Rua Sol
  • Cabra Cega
  • Casa Escura
  • Onos
  • 1789141219
  • Volátil
  • Nove
  • Duvida a Couchot
- ORGANIZAÇÕES E PRODUÇÕES


  • 10 Dimensões
  • NÓISGRANDE
  • Artéria 8
  • Sites: Arteria e Balalaica
  • Signica

http://www.fabiofon.com 

Por: Eliude Marques



quinta-feira, 24 de abril de 2014

Paulo Bruscky





Paulo Bruscky nasceu em Recife, em 1949, onde vive e trabalha. Artista, ativista e renomado arquivista, Bruscky trabalha com diversas mídias, que incluem desenhos, performances, happenings, copy art e fax-art, arte postal, intervenções urbanas, fotografia, filmes, poesia visual, experimentações sonoras e intervenções em jornais, entre outras experiências. Sempre testando e estendendo os limites da prática artística, se mantém consistentemente à margem do mercado, promovendo a circulação de arte fora dos circuitos institucionais e desenvolvendo trabalhos, em muitos casos, efêmeros. 
Artista multimídia e poeta, na década de 1960, inicia pesquisa no campo da arte conceitual, e a partir de 1970 desenvolve pesquisas em arte-xerox. Em 1973, atua no Movimento Internacional de Arte Postal, sendo um dos pioneiros no Brasil nessa arte, e no ano seguinte lança o Manifesto Nadaísta. Organiza duas exposições internacionais de arte postal no Recife nos anos de 1975 e 1976, sendo esta última fechada pelos militares brasileiros. Realiza 30 filmes de artistas e videoarte entre 1979 e 1982, e começa a produzir vídeo instalações em 1983. Cria, em 1980, o xerox-filme com base em sequências xerográficas. 
Com a Bolsa Guggenheim de artes visuais recebida em 1981, reside por um ano em Nova York. Nesse ano, expõe na sala especial sobre arte postal montada na 16ª Bienal Internacional de São Paulo. É editor de livros de artistas e mantém em seu ateliê no Recife importante coleção de livros e documentos sobre arte contemporânea, entre eles, correspondência com integrantes dos grupos Fluxus e Gutai. Em 2004, seu ateliê é integralmente transferido do Recife para São Paulo, sendo remontado em uma das oito salas especiais da 26ª Bienal Internacional de São Paulo.
Criar outras formas de arte, de ver a vida, dar uma outra versão àquilo que parece estável são alguns dos lemas de criação de Paulo Bruscky. Se nos anos 70, momento inicial de sua trajetória artística, a insubordinação ao sistema ditatorial e às regras do campo das artes era algo imprescindível, até hoje esta subversão ao instituído é uma característica que marca as obras de Bruscky. Provocador, iconoclasta, sintético,irônico, articulador, precursor são alguns dos adjetivos conferidos a esse artista brasileiro. Bruscky é um artista que faz sua arte de forma independente do mercado e, por muito tempo, foi incompreendido e marginalizado. Apenas recentemente suas obras começaram a ter maior visibilidade e ele passou a ter retorno financeiro com sua arte. Fez Jornalismo, trabalhou no sistema de saúde por muitos anos, o que lhe dava sustento; Bruscky sempre teve muita liberdade em seu processo criativo. Sua preocupação imediata não era expor suas obras, mas realizá-las. “Sempre fui muito livre, nunca me submeti a nenhum tipo de censura, nem estética, nem repressora, sofri, mas lutei contra isso [...] é fundamental que se produza.” (BRUSCKY, 2009, p. 25).
Na perspectiva de fazer a obra circular para atingir grandes públicos, experimentando vários meios, suportes e materiais, Paulo Bruscky emergiu no cenário artístico brasilei
ro e internacional como uma figura singular.





Para Paulo Bruscky, o laboratório de criação do artista, é a sua mente, a sua sensibilidade, o seu corpo.
Ele usa o corpo para comunicar ideias poéticas e políticas, revelando uma poesia em campo expandido, que dialoga com várias expressões artísticas, perpassa sua obra e sua vida e se manifesta na sua atitude transgressora, crítica e experimental. Como ele afirma em seu depoimento, “na minha obra, está sempre presente a pesquisa, o acaso e a ousadia, o experimentar sempre”. Essa postura crítica e investigadora incide sobre várias mídias – os correios, o postal, o Xerox, o mimeógrafo, o vídeo, o livro e os classificados dos jornais – e utiliza vários suportes e materiais – o corpo, a cidade, o carimbo e os objetos que o artista encontra ao acaso e os transforma em arte.
Desde os anos 1970, Bruscky participa do movimento Arte Correio, que lhe possibilita intercambiar ideias, dialogar com artistas e grupos dos mais distantes lugares do planeta e fazer diversos projetos/obras para veicular suas ideias poéticas e políticas, potencializando seu objetivo de atingir grandes públicos.
Esse encontro da poética e da política, por meio da obra de arte, está presente nas reflexões contemporâneas sobre a micropolítica que substitui a noção de política partidária, sindical, revolucionária ou reacionária, própria do pensamento moderno, pela noção de uma política que leva em conta questões específicas e cotidianas referentes à comunidade, à ecologia, ao gênero, às minorias, ao sistema de arte, aos desejos, afetos e subjetividades. A obra de Paulo Bruscky se situa dentro desse universo da micropolítica, uma vez que ela discute problemas específicos, cotidianos, locais, em diálogo com questões globais.


A estrutura do ateliê de Paulo Bruscky diz muito sobre sua personalidade, revelando, principalmente, sua criatividade, intelectualidade e um espírito investigativo sempre atento aos elementos do seu entorno. O artista pernambucano coleciona objetos comprados em lojas populares ou achados nas ruas, que podem, ou não, ser utilizados em algum trabalho futuro.
O ateliê/arquivo está sempre que possível aberto à visitações, recebendo estudantes, pesquisadores, críticos, curiosos e amigos. Lá, o artista pernambucano guarda uma das maiores coleções internacionais do grupo Fluxus que tem cerca de 300 originais, e 100 do grupo Gutai.O acervo conta ainda com mais de mil livros de artistas, um dos maiores do mundo. Não por simples coincidência o acervo de Paulo Bruscky relativo ao Fluxus logrou uma exposição exclusiva no MAMAM – Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães – em novembro de 2007
Em 2004, o ateliê de Paulo Bruscky foi exposto na 26ª Bienal de São Paulo.
A subversão do uso comum de certos objetos – herança de Marcel Duchamp – é ampliada ao se subverter também certas mensagens presentes em alguns elementos de nosso cotidiano, como rótulos de embalagens e placas de rua.
Na década de 1960, correspondências trocadas entre artistas plásticos deram origem a mais uma forma de expressão de arte contemporânea que ficou conhecida como Arte Postal (mail art). Nessa mesma época, Ray Johnson cria, em Nova York, nos Estados Unidos, a Correspondance Art School (Escola de Arte por Correspondência). Em 1963, Ray Johnson escreve uma carta num envelope, usando a frente e o verso. Ele rompe, assim, com o conceito de privado e reproduz, de maneira pública, dialogando com outra pessoa, a sua aparente intimidade. A mail art consistia em trocar mensagens criativas utilizando o sistema de correios. Ela surgiu como uma alternativa aos meios convencionais das exposições de arte (Bienais, Salões, etc.) e tem características próprias do período em que apareceu (dialoga, portanto, com a Guerra fria, no contexto mundial, ou com a ditadura militar, no contexto brasileiro). Ou seja, seu objetivo era veicular informação, protesto e denúncia. Os artistas utilizam, principalmente, técnicas como colagens, fotografia, escrita ou pintura.


No Brasil, a Arte Postal chegou num momento de censura, quando muitos artistas, para poderem se expressar, acabam aderindo à Arte Conceitual e posteriormente a arte postal. O artista brasileiro, pernambucano Paulo Bruscky, organizou, em 1975, no Recife, ao lado de Daniel Santiago e Ypiranga Filho, a 1ª Exposição Internacional de Arte Postal, fechada pela censura do regime militar. O trabalho abaixo, por exemplo, é uma crítica à ditadura militar, quando não ocorriam eleições livres:

Paulo Bruscky partir de 1969, aumentou suas realizações no campo da arte conceitual e experimental fazendo pesquisas múltiplas que envolviam o espaço e o ambiente, em intervenções e materiais diversos, como happenings, carimbos, copy art, áudio arte, etc
Desenvolveu a partir de 1970, pesquisas em copy art (eletrografia), expondo o resultado numa mostra individual na Galeria Empetur, em Recife.
Também foi pioneiro no Brasil na fax-arte, em 1980, quando realizou, com o artista Roberto Sandoval, um trabalho entre as cidades do Recife/PE e São Paulo/SP, na aplicação artística de várias tecnologias, como gravação eletrônica, projeção de diapositivos, fac-símile, filme super-8, vídeo, xerox, off-set e mimeógrafo e, ainda na video arte, fora do eixo Rio-São Paulo.
Já obteve vários prêmios internacionais entre os quais o de Artes Visuais da Foundation Guggenhein de Nova York, EUA; Sala Especial na 26ª Bienal Internacional de São Paulo de 2004; Artista Convidado para exposição no Florean Museum, Romênia, em 2005; Panorama da Arte Brasileira, MAM,SP,2005.
Paulo Bruscky é um artista que tem a capacidade de visualizar e canalizar sua linguagem e arte em variados tipos de objetos. Sua capacidade criativa não tem limites é um artista de linguagens variadas.

POR: Rosilane Macedo


FITA CASSETE





Como estamos em constante transformação e em curto espaço de tempo as tecnologias se tornam obsoletas o artista deve pensar em reutilizá-las como meios de expressividade artística. Neste Stop Motion eu utilizo o desenho e uma fita cassete, que é considerada uma tecnologia obsoleta, para finalizar a composição da obra.



Por: Simone Pacini

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Arte Tecnologia - Relógio




A tecnologia aqui representada pelos ponteiros do relógio significa a chegada do novo. A influência que o tempo tem na sociedade é constante. Estamos em alteração, de humor, de experiência, de sentimentos, mudamos e crescemos com a experiência dos outros e com as situações que ocorrem no dia a dia. Essa tecnologia que não é tão atual assim transforma ao longo do tempo muitas coisas, vivemos hoje em uma sociedade onde todos estão sempre atrasados ou “em cima da hora”, ate em períodos de lazer ha uma constante preocupação com a hora, sempre estamos preocupados com isso.Hoje em todo lugar possível existe um relógio te lembrando que ainda não é hora de trégua e sim de continuar a corrida em busca do fazer. A arte esta representada através da fotografia e da pintura. A fotografia com variação de tons, significa a ação modificadora do tempo em nós. E o plano de fundo com uma escala tonal significa a nossa energia máxima no começo do dia e a diminuição dela ao passar os minutos.

Por: Lii Marx