quinta-feira, 1 de maio de 2014

LENORA DE BARROS





Poeta e artista visual, seu trabalho se desenvolve a partir de diversas linguagens, como o vídeo, a performance poética, a fotografia e a instalação.

Filha de Geraldo de Barros conviveu desde criança com poetas concretos. Sua obra, entre linguagem, imagem e som, guarda relações também com a arte pop, com o grupo Fruxus, com o neoconcretismo e também com o viés, sem esquecermos o rock´n´roll.

Interessada na qualidade "verbivocovisual" da palavra, conforme a expressão dos concretistas explora a simultaneidade da comunicação verbal e visual, passando a desenvolver um trabalho dentro das artes plásticas com influência da arte conceitual e da arte pop.

Palavra e imagem formam as principais matérias-primas de seus trabalhos. Optando pelo uso da fotografia e de sua própria imagem no desenvolvimento de seus incomuns poemas, ela desbrava um caminho próprio, agregando influências como a Body ART, a performance, as artes gráficas e o vídeo..

 São exemplos da utilização desse recurso Poema, 1980, um de seus primeiros trabalhos, ou a série Procuro-Me, 2002. Nesta série incorpora estratégias de intervenção na imagem, com sobreposições e recortes feitos digitalmente, que remetem às técnicas utilizadas por Geraldo de Barros, especialmente na série Sobras, 1996/1998.

Poema,1980

Criou, como artista-curadora, a Radiovisual, na 7ª Bienal do MERCOSUL – Grito e Escuta, Porto Alegre-RS, out/nov. 2009.


Procuro-me,2002

Também executa performances ao vivo, como O Corpo Não Mente, 1994, e Da Origem da Poesia, 2000, entre outras. O uso do vídeo retorna em trabalhos mais recentes como a série de videoperformances. Não Quero Nem Ver, 2005, A Mulher - Há Mulheres, 2005, vídeo da série em que um gorro de lã sobre o rosto se desfaz enquanto a artista enumera frases sobre tipos femininos, é exemplo de como na sua obra é forte o peso do universo cultural e teórico da poesia concreta, mas também de como comparecem elementos de um discurso sobre a condição feminina e a construção social de sua imagem.
Realiza exposições e performances individuais e em parceria com músicos, poetas, no Brasil e no Exterior há mais de 25 anos. Sua obra faz parte de coleções públicas e particulares no Brasil e no exterior: Museu d’Art Contemporani de Barcelona, Daros-Latinamerica, Zurique, Rio de Janeiro-RJ, e MAM-SP.


Vídeo realizado para instalação Cadeiras Pussy da exposição individual na galeria Milan SP da artista Lenora de Barros intitulada O Que há de novo, de novo, Pussycats. Música de Cid Campos e Marcos Augusto Gonçalves e vídeo de Grima Grimaldi.



Por: Simone Pacini.

6 comentários:

  1. Essa é uma artista que gosto bastante, vi três videos no Mac, e achei incrível, a maneira como ela aborda a palavra, que é algo que ela tem contado deste pequena, mas até mesmo nas obras que temos o silêncio descobrimos muito.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Tive a oportunidade de estudar sobre a Lenora de Barros em um trabalho que fiz sobre o MAM.
    Acho o trabalho dela reflexivo, provocador.
    É uma das artistas que eu mais gostei!

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  4. Que coisa de louco, cara. Adorei HAHAHA Sério!
    Por ser tão diferente é como a Nayara mesmo disse, é provocador.

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  5. É interessante com ela coloca a condição feminina e a construção social de sua imagem.

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  6. Gostei do modo que a artista utiliza em conjunto a comunicação verbal e a comunicação visual através de imagens.

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