Mariana Manhães
. (Niterói, RJ, 1977). Vive e
trabalha em Niterói e no Rio de Janeiro. É formada em psicologia pela
Universidade Federal Fluminense (1995-2001) e frequentou a Escola de Artes
Visuais do Parque Lage no Rio de Janeiro de 1998 a 2006.
. Mariana Manhães é artista
visuais,faz parte de uma categoria que podemos chamar de artistas/inventores.
Ela trabalha com maquinarias de todo tipo. Em suas obras as máquinas ganham um
tom pessoal e afetivo. A tecnologia é humanizada e objetos antes inanimados
ganham ares de gente. Em uma de suas obras, objetos como bules, xícaras,
pratos, são animados, falam uma certa língua incompreensível e buscam uma
comunicação entre si. Tais utensílios, que normalmente se encontrariam dentro
da cristaleira, surgem nos vídeos, não mais estáticos, prontos para o uso, mas
sim vivos. Não mais objetos, mas sujeitos.
. Sua obra
utiliza elementos visuais do cotidiano, como bules, jarros, nuvens e portas
construindo comportamentos e linguagens para esses elementos através da
produção de desenhos, fotografias, vídeos e principalmente obras em
arte-tecnologia, com sistemas auxiliados pela robótica. Essas obras são formadas
pelos próprios dispositivos eletrônicos, pequenos monitores de vídeo, caixas de
som, motores, madeiras, parafusos e fios que ficam visíveis, sem se tornar uma
caixa preta, criam a estrutura visual da obra e ao mesmo tempo revelam o
funcionamento do sistema. Geralmente os sons dos vídeos são captados por
sensores sonoros, que ativam suaves movimentos na estrutura. Os objetos nos
vídeos falam através de idiomas inventados pela artista e os movimentos da
estrutura se transformam em gestos, adquirindo vida e comportamentos estranhos
e complexos que o público tenta entender.
Buraya resim koy
Mariana
Manhães, apresenta uma instalação chamada Verbos Terminados em Ar, com uma
série de desenhos representando movimentos de um corpo articulado que inspira e
respira nas quais a leveza e o peso se contrapõem.
. Os conceitos e a poética são
desenvolvidos por Manhães, mas produzidos em equipe, principalmente com seu pai
Antonio Moutinho, que é engenheiro. O processo criativo de
Manhães revela que a arte pode ser produzida com a
participação de profissionais de outras áreas e de pessoas próximas, que até
pouco tempo não imaginavam essa possibilidade, que amplia a compreensão da arte
contemporânea e da criação artística.
PRÊMIOS
2007- Menção Honrosa - 7o Prêmio Sérgio Motta de Arte e
Tecnologia
2006- Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça - FUNARTE
/ MINC
2006- Prêmio Flamboyant - 6o Salão de Goiás
2005- Prêmio Gilberto Chateaubriand - 12º Salão da Bahia
EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS SELECIONADAS
2008- São Paulo, SP – individual na Galeria Leme
2007- Niterói, RJ – “Liquescer” no Museu de Arte
Contemporânea
Ayse Ozturk
É um interessante exemplo da tecnologia a favor da ideia e da poética, e ao mesmo tempo fazendo parte da obra. Para mim causou a sensação de que por mais que haja uma quantidade enorme de aparatos tecnológicos na vida cotidiana, nunca perderemos a necessidade de sentir e dar significados próprios para o que vivemos.
ResponderExcluirÉ interessante porque ela usa objetos que passam despercebidos.
ResponderExcluirA instalação Verbos Terminados em Ar me lembrou do vídeo da Katia Maciel, artista que eu fiz, da árvore que respira. Acho que é arvorando o nome, o conceito é basicamente o mesmo...
Concordo com a Dafne. E acho que o trabalho em equipe apenas enriquece o resultado final.Os objetos q ela utiliza como material e os que criam são muito criativos.
ResponderExcluirÉ isso mesmo, ir alem de ver um objeto apenas como é. E questionador, utilizar estes objetos (xícaras, bule etc) como seres que se comunicam. ^^
ResponderExcluirGostei muito dessa coisa dela humanizar a tecnologia e utilizar esses objetos antigos em suas obras, possivelmente objetos que seriam muitas vezes descartados são transformados em arte.
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